A A. A. P. A denúncia de que a Junta se nega a cumprir a sua promessa de não limitar as dormidas em áreas de pernoita para autocaravanas

“Não podemos expulsar nossos clientes depois de três dias de chegada”, dizem os empresários

Huelva, 25 de novembro de 2017

A Delegação da junta de Andaluzia da Associação de Áreas Privadas para Autocaravanas (A.A.P.A.) quer aproveitar a cobertura mediática que terá a cerimónia de abertura da Zona de Autocaravanas de Guillena, Sevilha, presidida pelo Ministro do Turismo e Desportos do Governo da Andaluzia, Sr. Francisco Javier Fernández Hernández, agendada para o próximo domingo 26 Novembro de 2017 às 12h00, para tornar público o seu desacordo com as condições extremamente restritivas para as áreas de pernoite em autocaravanas que irão regular o novo decreto sobre acampamentos turísticos na Andaluzia.

Os empresários de a A. P. P. A exigem da Administração que atenda às suas demandas e reconsidere os termos em que foi elaborado o novo decreto de Acampamentos de Turismo para garantir que o setor de turismo de autocaravana possa ser desenvolvido na Andaluzia. De acordo com a minuta, o decreto implicaria que a permanência máxima de um motorhome em uma área seria de 72 horas, algo completamente inédito. Com esta medida, o empregador terá de expulsar os clientes das suas instalações, que a Câmara sucumbiu às suas reivindicações”, explicam os empresários.

“Já tivemos até três reuniões com o Ministério, uma delas com o Vice-Ministro e mais duas com o Diretor-Geral do departamento responsável pela elaboração e elaboração do novo regulamento e em todas nos foi assegurado que não eram vai estabelecer este tipo de limite de permanência e que nas zonas de pernoite de autocaravana, os utilizadores de autocaravana poderão usufruir do espaço exterior do seu veículo desdobrando o toldo e utilizando mesas e cadeiras portáteis”. Esses pontos, acrescenta o grupo, são essenciais para a sustentabilidade das áreas de pernoite do motorhome. “Isto dá-nos uma clara desvantagem competitiva face aos parques de campismo, áreas municipais ou instalações localizadas em Portugal. e até com outros operadores do mercado comum”.

A conseqüência principal é a queda do turismo em Andaluzia

Se o decreto restritivo for aprovado, as consequências serão muito negativas para o setor de turismo. Os empresários asseguram que na Andaluzia o turismo de autocaravanas não se desenvolveria a favor de outras regiões vizinhas com condições climáticas semelhantes, como Múrcia, Comunidade Valenciana ou

De acordo com a minuta, o decreto implicaria que a permanência máxima de um motorhome em uma área seria de 72 horas, algo completamente inédito. Com esta medida, o empregador terá de expulsar os clientes das suas instalações.

Algarve. A comunidade perderia um importante segmento turístico cuja alta temporada ocorre durante o inverno. Além da temporada de verão de sol e praia, a Andaluzia oferece uma boa oferta nesta época do ano. Em muitas áreas, supermercados, restaurantes e outros serviços turísticos permanecem abertos.

A autocaravana é consumidora de lojas, restaurantes, manutenção de veículos, dormidas em áreas e parques de campismo, realiza atividades turísticas, entradas em monumentos, etc. Em suma, a sua despesa é muito diversificada e transversal. “Se este setor não puder ser desenvolvido devido às limitações impostas pelos regulamentos, toda a Andaluzia perderá, o que perderá uma modalidade turística disposta a desfrutar da região”, insistem.

O Algarve, um modelo a seguir

O modelo óptimo que os empresários da A.P.P.A propõem é o da região portuguesa de El Algarve. Recebem anualmente 45.000 autocaravanas, a maioria do norte da Europa. Eles tiveram um sério problema de planejar o território para poder acolher tantos, já que foi desenvolvido de forma totalmente informal do ponto de vista das instalações. O governo português passou um ano inteiro estudando como eram as autocaravanas que chegaram até eles para transformar esse problema em uma oportunidade de desenvolvimento e geração de riqueza. Aperceberam-se que este setor representava cerca de 1.200.000 dormidas (o que representa 8,5% do total de dormidas turísticas no Algarve), que a estada média na região era de 42 dias e que o gasto médio diário por condutor de autocaravana se situava entre os 35€. e €47; Além disso, concluíram que a informalidade deste fenómeno em termos de localizações não dependia do número de parques de campismo que existiam ou do número de lugares disponíveis, mas sim de um claro descompasso entre a procura muito específica do condutor da autocaravana e a oferta disponível neste tipo de estabelecimentos.

Quem somos?

A A.A.P.A. é uma associação de empresas, na sua maioria familiares, que gerem áreas de autocaravanas. A Delegação da Andaluzia reúne a maioria dessas instalações na Andaluzia, com 13 instalações nas oito províncias. Esta Associação, para além da representação institucional, é uma aliança de colaboração e promoção comercial desde 2014, altura em que começaram as reuniões de proprietários de diversas áreas.

O objetivo principal da A.A.P.A. é que a Andaluzia é um destino de referência para a autocaravana europeia, tanto pela qualidade das instalações, pelas facilidades nas suas viagens como pelo acolhimento que lhes é oferecido à chegada. Francisco Cruz, delegado da A.P.P.A., lamenta que o turismo de autocaravanas na Andaluzia não tenha as características de outras zonas como Portugal. “Queremos que a Andaluzia seja o destino das suas viagens e não o local onde têm de passar para chegar a outros destinos como o Algarve ou Marrocos, onde o setor está muito mais desenvolvido e consolidado, dessazonalizando o turismo tradicional e gerando riqueza e emprego. Isso, embora pareça óbvio, deve ser feito para entender a administração”.

A aplicação Motorhome Areas oferece um conjunto de vantagens, entre as quais se destaca a experiência de utilização que permite a partir de smartphones. Você pode conferir esta notícia